Informação foi divulgada pelo Instituto de Cardiologia do Distrito Federal. Paciente permanecerá internado para observação, diz boletim médico.
O deputado licenciado e ex-presidente do PT José Genoino registrou
melhora dos parâmetros de coagulação sanguínea nas últimas 24 horas, mas
ainda "manteve picos hipertensivos", informa o boletim médico divulgado
na noite deste sábado (23) pelo Instituto de Cardiologia do Distrito
Federal (ICDF), onde ele está internado.
O Instituto de Cardiologia informou que o paciente "permanecerá
internado para observação". Ainda segundo o ICDF, no período em que
Genoino esteve internado foram ajustadas as doses dos medicamentos para
tratamento da hipertensão arterial.
Perícia médica
Mais cedo, neste sábado, Genoino passou por perícia médica realizada por cardiologistas indicados pela Universidade de Brasília (UnB).
Mais cedo, neste sábado, Genoino passou por perícia médica realizada por cardiologistas indicados pela Universidade de Brasília (UnB).
O laudo a ser elaborado por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) vai dizer se Genoino tem condições de cumprir a pena no presídio ou se deverá obter o benefício da prisão domiciliar.
A perícia médica foi determinada pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa,
que usará o resultado da avaliação para decidir se concede prisão
domiciliar definitiva para o deputado. Na quinta (21), Barbosa deu
autorização provisória para o deputado se tratar em casa ou no hospital.
A assessoria do hospital informou que a junta médica não daria
informações sobre a avaliação porque estava em cumprimento de ordem
judicial. Informou apenas que os exames duraram duas horas e meia, das
14h às 16h30.
Genoino 'confiante' em obter prisão domiciliarSegundo o deputado federal Renato Simões (PT-SP), que visitou hoje o ex-presidente do PT no hospital, Genoino se mostrou "confiante" em obter prisão domiciliar para cumprir a punição fixada durante o julgamento do processo do mensalão. Genoino estava preso no presídio da Papuda, em Brasília, mas passou mal e foi internado. Agora, aguarda resposta sobre se poderá cumprir a pena definitivamente em casa.

Simões assumiu a vaga do próprio Genoino, no Congresso Nacional, como
suplente. Genoino tem problema cardíaco e fez cirurgia em julho para
tratar um caso de dissecção da aorta. Para se recuperar, Genoino pediu
licença médica à Câmara dos Deputados e aguarda análise de solicitação
de aposentadoria por invalidez.
"[Genoino] disse que foi muito bem tratado. Foi um comportamento
bastante técnico da junta médica. Fez todas as perguntas que eram
pertinentes, recebeu as repostas, recebeu os laudos, de modo que ele
está confiante que o resultado do trabalho da junta médica comprovará
seu pleito de prisão domiciliar", afirmou Simões a jornalistas.
Segundo relato de Genoino a Simões, a visita da junta médica foi
"rápida". "Ele está se recuperando bem, está submetido agora a um exame
permanente e às próprias dietas necessárias para que a densidade do
sangue permaneça adequada. Evidentente que isso só comprova que ele não
tem condições de fazer esse acompanhamento, esse monitoramento das
condições de saúde, na prisão", acrescentou.
Genoino 'satisfeito'
Ainda de acordo com o relato do deputado Simões, Genoino ficou "bastante satisfeito" com o tratamento que teve da junta médica e com a "profundidade das perguntas que foram feitas". "Mostra que eles têm o conhecimento do quadro médico e procuraram esclarecer o quadro junto ao doente", declarou.
Ainda de acordo com o relato do deputado Simões, Genoino ficou "bastante satisfeito" com o tratamento que teve da junta médica e com a "profundidade das perguntas que foram feitas". "Mostra que eles têm o conhecimento do quadro médico e procuraram esclarecer o quadro junto ao doente", declarou.
Simões também avaliou que Genoino demonstra um "ânimo melhor" do que na
última quarta-feira (20), quando o viu pela última vez, no presídio da
Papuda, em Brasília. Em sua visão, isso acontece porque Genoino estaria
se sentindo "mais amparado, mais seguro onde ele está, onde as condições
de saúde dele serão asseguradas".
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Prisão dos condenados do mensalão
No dia 15 de novembro, Joaquim Barbosa expediu os mandados de prisão para 12 dos 25 condenados no processo do mensalão, entre eles Genoino e o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato está foragido na Itália. Outros três começam a cumprir pena alternativa no mês que vem. Dez condenados permanecem em liberdade.
No dia 15 de novembro, Joaquim Barbosa expediu os mandados de prisão para 12 dos 25 condenados no processo do mensalão, entre eles Genoino e o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato está foragido na Itália. Outros três começam a cumprir pena alternativa no mês que vem. Dez condenados permanecem em liberdade.
Condenado pelo STF a 6 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de
formação de quadrilha e corrupção ativa por envolvimento no esquema de
compra de votos no Congresso conhecido como mensalão, Genoino cumpre a
pena em regime semiaberto. Ele só iniciou o cumprimento da pena de
corrupção ativa, de 4 anos e 8 meses, porque ainda há recurso pendente
em relação à punição por quadrilha. Esse recurso só deve ser julgado no
começo do ano que vem.
Genoino se entregou à Polícia Federal
de São Paulo quando as ordens de prisão foram emitidas. No dia
seguinte, passou mal no voo que o transferiu para uma ala da PF no
presídio da Papuda, em Brasília.
A defesa de Genoino pediu ao STF no dia 17 de novembro o benefício da
prisão domiciliar sob o argumento de que o estado de saúde do
parlamentar é grave e que o presídio não oferecia as condições adequadas
para o tratamento.
Na quinta (21), Genoino foi internado após passar mal na prisão e os
advogados chegaram a informar que havia suspeita de infarto. No mesmo
dia, Barbosa concedeu, provisoriamente, a possibilidade de tratamento em
casa ou no hospital.
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