quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Polícia suspeita de uso de trabalho escravo em cultivo de maconha em Monteiro

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A Polícia Civil suspeita que traficantes de drogas estejam escravizando pessoas para trabalhar em fazendas onde plantações de maconha foram descobertas no último mês de outubro na cidade de Monteiro, no Cariri paraibano.

Segundo a Polícia, cerca de três toneladas de maconha já foram apreendidas no município desde a descoberta de uma fazenda de 300 hectares, entre os meses de outubro e dezembro, número que já classifica a cidade como a maior produtora e distribuidora de maconha do estado. A droga foi avaliada em quase R$ 9 milhões. De acordo com o delegado regional do município, Yuri Givago, a droga produzida na Paraíba estaria sendo distribuída em outros estados.

A fazenda que era utilizada para o plantio e servia como ponto de venda de droga já foi vendida pelo menos três vezes este ano, com um valor abaixo do mercado. Yuri explica que alguns proprietários já foram ouvidos e que a polícia está investigando os outros. “Temos uma dificuldade em identificar estas pessoas pois grande parte delas vêm de outros estados e não interagem com as pessoas da região, vivendo escondidas dentro da fazenda como se fossem escravos dos traficantes”, disse o delegado.

Segundo a polícia, este ano 12 pessoas já foram presas suspeitas de tráfico de drogas no município e outras 30 estão sendo investigadas por participação nas apreensões feitas na cidade. Além de paraibanos, a polícia identificou gente de Pernambuco e Alagoas.

Localização facilita o crime
Segundo o delegado regional, a localização geográfica do município favorece a ação criminosa. “Por ser uma cidade que fica na divisa com Pernambuco e com fazendas localizadas em matas fechadas, isso faz com que atraia o interesse de traficantes que procuram regiões de difícil acesso para a polícia e de fácil escoamento para as drogas”, cita Yuri.

Além da cidade de Monteiro, a polícia aponta os municípios de Prata e Ouro Velho como estando dentro da ‘rota da maconha’, sendo alvos de grupos de traficantes de Pernambuco. A Polícia Civil pretende intensificar o trabalho de investigação para identificar outros possíveis locais de cultivo e tráfico da droga.
 
 
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