
O clima ficou tenso na manhã desta segunda-feira (21), após cerca de 2 mil manifestantes do Movimento Sem Terra (MST) invadirem o Centro Administrativo do governo da Paraíba, no bairro de Jaguaribe, em João Pessoa. A chegada do MST surpreendeu os funcionários e muitos tiveram que pular as grades para deixar o local. Até mulheres grávidas foram impedidas de deixar o prédio.
Uma servidora que não quis se identificar disse que ficou muito assustada no momento da invasão. “É um absurdo. Meus colegas e eu tivemos que pular a grade. O protesto pode até ser legítimo, mas não pode atingir pessoas inocentes. Foi a maior correria”, disse a mulher.
Após muita conversa, os manifestantes concordaram em abrir o portão principal para a saída de uma grávida e de uma mulher com uma cirurgia recente, que não tinham condições de pular a grade. Outras grávidas, no entanto, foram impedidas de sair.
O grupo de integrantes do MST chegou por volta das 9h ao Centro Administrativo. Minutos depois houve confronto com a Polícia Militar, que teria disparado balas de borracha. Os manifestantes revidaram com pedras. Informações preliminares dão conta de que um policial e outras 15 pessoas ficaram feridos.

Um dos líderes do movimento, Paulo Sérgio Alves da Silva, informou que os manifestantes não têm pressa em deixar as dependências do Centro Administrativo. “Só vamos sair daqui quando o governador Ricardo Coutinho nos atender. E não adianta mandar secretários, não vamos conversar com secretários, apenas com a pessoa do governador”, afirmou. “O único que poderíamos avaliar seria o secretário de Segurança, Cláudio Lima”, destacou. Ele também criticou à ação da Polícia Militar. “A polícia existe para defender quem? Não somos bandidos”, frisou.
O trânsito no entorno do Centro Administrativo Estadual foi interditado. A orientação é para que os motoristas evitem o trecho da Aderbal Piragibe e optem por vias alternativas, como a avenida Vasco da Gama.
Cariri Ligado
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