Diante da pressão de aliados para que o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva dispute a corrida pelo Palácio do Planalto em outubro, a
presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (30) que irá "tocar
em frente" sua candidatura pela reeleição mesmo sem o apoio dos
partidos governistas. A chefe do Executivo comentou sobre a
intensificação do movimento "Volta Lula" aos ser questionada sobre o
"fogo-amigo" durante entrevista a rádios de Salvador (BA).
"Este é
um ano eleitoral. Em um ano eleitoral, é possível que ocorram todas as
hipóteses que você conceber e ainda aquelas que você não conceber [...]
Gostaria muito que, quando eu for candidata, eu tivesse o apoio da minha
própria base. Agora, não havendo esse apoio, a gente vai tocar em
frente", enfatizou.
Nesta segunda-feira (28), a bancada do PR na
Câmara, integrante da base governista, anunciou apoio ao movimento
“Volta Lula”, que tem adeptos no PT e defende que o ex-presidente
concorra à eleição presidencial.
a ocasião, o líder do PR,
deputado Bernardo Santana (MG), leu um manifesto assinado por 20 dos 32
deputados federais no qual a bancada "reivindica" o retorno de Lula.
Segundo Santana, se o PT mantiver Dilma, os deputados pretendem discutir
o apoio à candidatura do PT na convenção nacional do PR.
Questionada sobre a pressão dos aliados, Dilma disse que sua preocupação é governar o país.
"Sempre,
por trás de todas as coisas, existem outras explicações. Não vou me
importar com isso [crise com a base aliada]. Daqui até o final do ano,
tenho uma atividade importante para fazer. Não posso me desligar nem um
pouco dela: é governar este país", ressaltou a presidente.
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